O sal rosa do himalaia vem ganhando popularidade na população pela crença de ser muito mais saudável que o sal refinado. Se formos analisar, de fato o sal rosa possui muito mais minerais que o sal refinado. No entanto, considerando-se o uso do sal em quantidades moderadas (como deveria ser), esse possível benefício acaba sendo insignificante. Muitas pessoas alegam que o sal rosa possui menos sódio quando comparado com o refinado mas essa informação não procede na realidade.
O sal refinado não possui praticamente nada de minerais além do próprio sódio, porém contém algo que o sal rosa quase não tem, que é o iodo. A deficiência de iodo desenvolve-se quando a sua ingestão de iodo é inferior a 20 µg/dia. Em caso de deficiência leve ou moderada, a glândula tireoide, influenciada pelo hormônio tireoestimulante (TSH), hipertrofia-se para concentrar o próprio iodo, resultando em bócio. A deficiência grave de iodo em adultos pode causar hipotireoidismo e em gestantes retarda o crescimento do feto e o desenvolvimento cerebral.
A recomendação diária de sódio gira em torno de 2000 – 2500 mg. Isso já considerando o sódio já normalmente presente nos alimentos. Ao retirar por completo a adição de sódio no preparo, a chance de não atingirmos essa recomendação é muito grande. Em se tratando de um esportista, que possui maiores necessidades de sódio devido as maiores perdas pelo suor, pode resultar em queda de performance. Inclusive, em exercícios intensos e prolongados. É fundamental a hidratação com bebidas que contenham sódio em sua formula. Como o sódio é fundamental no processo de contração muscular e hidratação celular, o processo de hipertrofia ficaria muito prejudicado com a baixa ingestão desse mineral.
A dica é utilizar sal moderadamente no preparo dos alimentos e não adiciona-los após o preparo e nas saladas. Deficiência de sódio pode ser tão ruim quanto seu excesso!